Agilidade, economia e sigilo são os pilares que impulsionam o crescimento da arbitragem trabalhista

A sexta-feira foi movimentada na sede da Câmara Nacional de Arbitragem Trabalhista (CANATRA). No período da tarde foram realizadas três sessões de arbitragem com três árbitros em cada. A primeira com Marco Antônio César Villatore, André Gonçalves Zipperer e Margareth Macedo; a segunda com Ney José de Freitas, Evelyn Fabricia de Arruda e Marcos Malhadas; a última sessão contou com os árbitros Phelippe Henrique Garcia, Ernani Kajota e Ana Paula Pavelski.

O presidente da CANATRA, José Affonso Dallegrave Neto, acompanhou as sessões esclarecendo aspectos procedimentais. Para Ney José de Freitas, ex- Presidente do Tribunal do Trabalho paranaense, a arbitragem “tende a crescer largamente pois a Justiça do Trabalho é lenta e custosa”. A arbitragem é uma solução que tende a se firmar, por ser “um tipo de solução rápida, barata e com um espaço diferente do judicial”, disse o ex-integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Freitas também considera que o processo precisa se sedimentar aos poucos. “A mudança de cultura não dá saltos.”

Para Malhadas, a arbitragem trabalhista é uma solução benéfica pra todas as partes envolvidas que não têm seus dados expostos; e, até mesmo, para os causídicos, que têm um novo campo de trabalho: “o novo advogado deve compreender todas as formas de solução de conflitos, sendo ele um aconselhador de clientes não só no meio jurídico, mas também emocional.”

O presidente da CANATRA, por sua vez, destacou que no âmbito trabalhista a arbitragem vem se tornando uma alternativa eficiente de solução de conflitos para altos empregados: “Aqui não há previsão de honorários de sucumbência e as custas são proporcionalmente menores quando comparadas à esfera judicial”. Ao final, Dallegrave completou: “Estamos ocupando um espaço que foi aberto pelo legislador, ressaltando que a CANATRA é uma Câmara técnica, sem vinculação com qualquer entidade de classe”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *