Na última segunda-feira (10/12) foi realizada a primeira audiência da Câmara Nacional de Arbitragem Trabalhista (CANATRA). A sessão contou com a participação prévia do presidente da Câmara, José Affonso Dallegrave Neto, do vice-presidente, Sérgio Luiz da Rocha Pombo, do secretário-geral, Ernani Kajota, do secretário-adjunto, Phellipe Henrique Cordeiro Garcia, e dos árbitros Ana Paula Pavelski, Manoel Antônio Teixeira Filho e Margareth Barbosa de Amorim de Macedo.

Ao ser constituído o Tribunal Arbitral, só permaneceram na sala de audiência as partes, os procuradores – os advogados são indispensáveis, por disposição regulamentar da CANATRA – e os árbitros, sendo Manoel Antônio Teixeira Filho o presidente do Tribunal, pois o processo é revestido de sigilo e de confidencialidade. As partes foram representadas pelos advogados Flávio Sufiatti, Kauana Paz e Vanessa Piacentini. Para Vanessa, a arbitragem vem para auxiliar. “Em sete anos de vivência na advocacia, .pela primeira vez participo de um procedimento arbitral e as impressões são de um procedimento esclarecedor e transparente”, afirmou. De acordo com Sufiatti, o primeiro contato com a arbitragem, através da CANATRA, foi muito produtivo. “Nós gostamos muito desde o início. Os árbitros estavam preparados e, além de ter o domínio do processo, contribuíram para a finalização da demanda “, disse.

O professor Manoel Teixeira Filho parabenizou a CANATRA pela realização da primeira arbitragem trabalhista. “É um momento histórico”, afirmou. Para Margareth de Macedo, que participou da primeira arbitragem comercial na Câmara de Mediação e Arbitragem da Associação Comercial do Paraná (Arbitac) em 1999, a primeira arbitragem administrada pela CANATRA foi conduzida com exemplar profissionalismo, dando total segurança às partes envolvidas. “Ouso dizer que a CANATRA será umas das mais destacadas Câmara de Arbitragem desse país”, comentou. De acordo com a advogada e árbitra Ana Paula Pavelski, a aproximação e o diálogo que se tem em uma arbitragem é muito diferente da justiça convencional. “É uma honra participar desse momento histórico. Optar pela arbitragem é optar por celeridade, por sigilo, por confiança, por harmonia e reestabelecimento de uma paz social”, disse.